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CBAS • Coleção de Bactérias do Ambiente e Saúde

Histórico

Em 2007, a Coleção de Bactérias do Ambiente e Saúde (CBAS) foi criada com o objetivo de isolar, identificar e preservar bactérias do solo da Mata Atlântica. A CBAS foi estabelecida no contexto do projeto Biodiversidade da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, uma iniciativa da FAPERJ/FINEP e Fiocruz, e do projeto Implantação e Estruturação do Centro de Recursos Biológicos em Saúde e Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz, financiado pela FINEP (Carta-Convite MCT/FINEP- Ação Transversal -TIB- Centros de Recursos Biológicos 10/2007) coordenado pela Dra. Ana Carolina Paulo Vicente. Em 2009, outros acervos de bactérias foram integradas a CBAS, consequentemente o nome da Coleção teve ser alterado e passou a ser denominada foi alterado para Coleção de Bactérias do Ambiente e Saúde (CBAS). Atualmente a CBAS possui cinco subcoleções: Coleção de Bactérias da Mata Atlântica (CBAS), Coleção de Bactérias da Amazônia Azul (CBAA), Coleção de Vibrio do Ambiente e Saúde (CVAS), Coleção de Bactérias de Impacto na Saúde (CBIS) e Coleção Geral de Bactérias do Ambiente (CGBA).

A subcoleção CBAS é formada por bactérias representantes da microbiota do solo da Mata Atlântica. Os remanescentes da Mata Atlântica abrigam o conjunto de ecossistemas mais biodiverso do mundo. Atualmente, menos de 10% da cobertura original da Mata Atlântica está preservada. Existem mais de 30 mil espécies de plantas e animais documentadas, mas muito pouco se sabe sobre a diversidade de bactérias dos solos deste bioma. As amostras de solo foram coletadas em julho de 2007, durante um projeto que realizou o levantamento da biodiversidade do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), no Rio de Janeiro, um dos ecossistemas da Mata Atlântica. O PARNASO protege florestas de encosta e campos de altitude que variam de 80m e 2.275m da Pedra do Sino, ponto culminante da Serra dos Órgãos. A grande e brusca variação de altitude criou ambientes únicos e grande diversidade biológica. O parque protege mais de 462 espécies de aves, 105 de mamíferos e um grande número de espécies endêmicas (que só ocorrem nesta região).

Um estudo de geólogos da Universidade de Brasília havia caracterizado, naquele ecossistema, cinco diferentes tipos de solo, em uma trilha com extensão de 40 quilômetros. Oito amostras representando estes solos foram coletadas e processadas objetivando o isolamento de bactérias. Ao lado representação da área do Parque, com a trilha e os 8 pontos de coleta (2-9).

A subcoleção CBAA é constituída por bactérias representantes da microbiota do ecossistema que compreende a plataforma continental brasileira conhecida como Amazônia Azul. A temática da biodiversidade microbiana marinha é central para o melhor entendimento de processos biológicos do meio marinho, mas também, devido a dinâmica dos oceanos, pode servir como observatório da dispersão de patógenos importantes para humanos, via oceanos.

A subcoleção CVAS abrange espécies do gênero Vibrio isolados de infecções humanas e de diferentes nichos ambientais de diversos países. Esta subcoleção foi originada nos anos 90, em ocasião da epidemia de cólera na América Latina e vem sendo expandida com a realização de vários projetos de pesquisa relacionados ao estudo deste gênero bacteriano, principalmente, no Laboratório de Genética Molecular de Microrganismos (LGMM).

A subcoleção CBIS dá suporte a vários projetos de pesquisa relacionados a determinação da diversidade de bactérias cultiváveis de diferentes nichos que podem ter impacto na saúde. Esta subcoleção também contempla bactérias pertencentes a vários gêneros isoladas de infecções humanas, tais como: Klebsiella, Pseudomonas, Acinetobacter, Bordetella entre outros,enquanto que a subcoleção CGBA abrange espécies bacterianas de outros nichos ambientais não contemplados nas demais subcoleções que vem sendo depositadas na CBAS.


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